Como em todas as bibliotecas de reconhecida importância e precioso acervo, originalmente, a formação de sua coleção se deu pela doação de coleções especiais e doações espontâneas de pesquisadores e diretores do Museu Nacional. Dentre elas, destacamos a doação dos livros e periódicos pertencentes à Comissão de Exploração e os livros de uso particular da Imperatriz Leopoldina.
De fato, o surgimento da Biblioteca é oficializado no decreto de 11 de julho de 1863, assinado pelo ministro do Império, Manoel de Araújo Lima, Marquês de Olinda. E, o crescimento em volumes, inicia-se a partir do intercâmbio do periódico Arquivos do Museu Nacional em 1876, sendo mantido até hoje com outras instituições brasileiras e estrangeiras no mundo inteiro.
Em relação às pessoas que exerceram suas atividades na Biblioteca, destaca-se o primeiro bibliotecário nomeado: Manoel Ferreira Lagos, e o primeiro bibliotecário concursado no país: Manoel Bastos Tigre.
Na década de 40, a Biblioteca é reorganizada dentro de normas e padrões da Biblioteconomia daquela época e obtém um número maior de bibliotecários (onze), atuando na instituição.
Dulce Fernandes da Cunha, pessoa singular na história recente da Biblioteca, preparou junto com outros em comemoração do centenário da Biblioteca em 1963, uma exposição e um livro sobre a história da Biblioteca do Museu Nacional, publicado pela Série Livros em 1966. Já como bibliotecária-chefe, foi sua responsabilidade em 1975 a elaboração e administração do projeto de modernização e atualização da Biblioteca na década de 80.
A conquista de um prédio para a Biblioteca veio após inúmeras justificativas para a necessidade de se ter um espaço maior e mais adequado para abrigar as coleções da Biblioteca, sem se esquecer de mencionar o perigo acarretado pelo peso das estantes sobre os pisos do Palácio do Museu Nacional. A inauguração do novo prédio com 4.000m2 no Horto Botânico da Quinta da Boa Vista acontece no dia 29 de agosto de 1989.
É uma das bibliotecas integrantes do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ – SiBI. Com a aquisição de um sistema de automação de bibliotecas pelo SiBI, no final da década de 90, houve a possibilidade da integração dos acervos de todas bibliotecas em uma única base, a Base Minerva da UFRJ.
A coleção de obras raras e in-fólios recebeu tratamento especializado na área de conservação de acervos com o projeto de diagnóstico, higienização e acondicionamento da coleção de obras raras e in-fólios, coordenado pela professora Ingrid Becker com apoio financeiro da Fundação Vitae entre os anos de 2001 e 2002.
Com o pioneirismo do Museu, em 2008, por meio de projeto financiado pela FINEP, dá-se início ao processo de digitalização e disponibilização do acervo raro e antigo, que pode ser acesso na página da Biblioteca Digital do Museu Nacional.
Em 2010, a biblioteca particular do Prof. Castro Faria foi adquirida pela UFRJ e está sendo incorporada à Biblioteca.
A nomeação da obra “Viagem filosófica: expedição científica de Alexandre Rodrigues Ferreira nas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá – 1783-1792“, em 2011 no Registro da América Latina e Caribe do Programa Memória do Mundo da UNESCO reafirma o valor excepcional da obra e o interesse institucional da Biblioteca Nacional e do Museu Nacional em proteger o patrimônio brasileiro para benefício da humanidade.
2013, ano festivo para a Biblioteca que completou 150 anos de existência. Realizou-se em 19 de agosto, o “Seminário Especial de 150 anos da Biblioteca do Museu Nacional. A coleção de obras raras da Biblioteca: reflexos e reflexões sobre viagens, viajantes e suas obras”, que contou com a colaboração de inúmeros servidores da instituição e a presença de ilustres palestrantes, assim como, prestou homenagens a antigos funcionários da Biblioteca, compartilhando junto a seus amigos um momento especial e marcante em sua recente história.
Para mais informações, leia o Relatório anual de atividades da BMN 2017-8.